A Fotografia de Arquitetura é um gênero de fotografia que se concentra na captura de fotografias de edifícios, residências ou estruturas. É um gênero muito técnico e preciso.

Também considerada ‘Fotografia de Arquitetura’ está o ato de fotografar interiores, principalmente de apartamentos e corporações, pontes e as paisagens urbanas. Quando comparado a outras áreas da fotografia, esse tipo de arte é menos dinâmico e mais calculado, pois exige muito tempo de contemplação de um ambiente para enquadramento adequado, aplicação de regras de composição, configuração da câmera adequada à iluminação naquele exato momento entre outros pontos.

Após a sessão fotográfica temos a segunda etapa do processo do processo que é o tratamento das imagens. Via de regra a maioria dos fotógrafos utilizam o pacote da Adobe como ferramentas de edição. No meu caso, Lightroom, Photoshop e Bridge são ferramentas indispensáveis no dia a dia, no entanto, existem softwares similares e ‘open source’ com aplicações semelhantes.

A fotografia arquitetônica nasceu na década de 1870, quando o famoso fotógrafo de arquitetura Albert Levy começou a fotografar edifícios antigos. Um pouco mais tarde foi a vez de Julius Shulman seguir a tradição, mas dessa vez, fotografando edifícios modernos. Shulman é um dos papas da fotografia arquitetônica e impulsionou essa arte em trabalhos em conjunto com grandes arquitetos como Frank Gehry, Frank Lloyd Wright, Raphael Soriano e Richard Neutra

Estilos de Fotografia de Arquitetura

Apesar de ser uma visão muito particular, eu divido a Fotografia de Arquitetura em 4 grupos. São eles:

1 — Fotografia de Arquitetura externa, ou seja, toda a parte externa de edifícios e residências, iluminação natural e o entorno imediato do local.

2 — Fotografia de Interiores que cuida de toda parte interna de apartamentos e corporações, integração dos espaços, mobiliário, objetos e o projeto de iluminação. Além disso, busca transmitir a identidade dos moradores, seus hábitos, costumes e tudo que caracteriza aquele espaço como sendo único.

3 — Fotografia Urbana onde o objeto de atenção não é uma residência ou edifício, mas sim a cidade, a paisagem urbana, skyline, ruas, avenidas e pontes.

4 — Fotografia de Rua (street photography) que foca no vai e vem de pessoas dentro da urbe. Considero essa pratica parte integrante da fotografia de arquitetura por, não raro, incorporar elementos da cidade, construções e ruas em suas composições.

Equipamento para Fotografia de Arquitetura

Existe uma infinidade de possibilidades, portanto, o foco não é mostrar nenhuma Marca ou aspecto técnico específico, mas sim um apanhado geral do que seria suficiente para fazer boas fotos.

Câmera

Se você está começando: Desde que a câmera possua lente intercambiável (para troca de lentes) e controles manuais, seu objetivo deve ser uma máquina que você se sinta confortável ao segurá-la. Esse é o ponto principal. Pode ser qualquer máquina de entrada (cropada) que você possa comprar. Prefira investir em lentes ao invés do corpo da máquina e procure por marcas consagradas como Canon por exemplo

Se você já possui certa experiência e algum dinheiro: Vá de full-frame, sempre de marcas consagradas como Canon ou Nikon. A dica é a mesma para iniciantes: prefira investir em lentes ao invés do corpo da máquina. O corpo poderá ser trocado de tempos em tempos, já as lentes, se bem cuidadas, são para a vida inteira. Lentes tilt-shift são o supra-suma na fotografia de arquitetura, mas são caras. É preciso avaliar o custo benefício.

Configurações da câmera

No que diz respeito à fotografia de arquitetura esse quesito não se alterou muito com o passar dos anos. Não é necessário ter uma câmera com disparo contínuo apurado, já que você irá trabalhar clique a clique. Mantenha ISO 100, abertura entre F9 a F11 e velocidade 1/125 do segundo (nesse caso é possível fotografar sem tripé apesar de não aconselhável). É normal utilizar velocidades como 1/30 ou 1/15 do segundo. Nesse caso o tripé é indispensável.

Complementos para fotografar arquitetura

Tripé

Um tripé mantém sua câmera estável, principalmente se você for trabalhar com velocidade inferiores a 1/60 do segundo. Ou seja, tripé é assessório básico para o fotógrafo de arquitetura. Ele te trará imagens mais nítidas e mais conforto no seu dia a dia.

Sistema de disparo remoto

É útil, mas não indispensável. Geralmente as câmeras possuem um controle remoto para disparo a distância (que já vem com a câmera ou que pode ser comprado separadamente). Ajuda bastante se você tiver um setup de máquina único, porque não precisará mexer na câmera a todo momento, ou, se quiser se colocar em cena para compor algum ambiente com sua presença.

Filtro polarizador

Este filtro é usado para minimizar o efeito dos reflexos em uma imagem além de intensificar as cores do local. Eu considero indispensável para locais com muito vidro (vitrines por exemplo) e ambientes com incidência de partes vítreas e cromadas.

De forma geral essas são dicas para ajudar você a fotografar seus ambientes, no entanto, há diversas formas de fazer isso. Uma forma muito comum de fotografar arquitetura (ainda que eu não considere uma forma profissional), é fazer uso dos smartphones. Falarei sobre isso em outro artigo.